Procurador-geral de Justiça de MT deve abrir mão da reeleição

O procurador-geral de Justiça (PGJ), Deosdete Cruz Júnior, não deverá disputar a reeleição para o comando do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), visando concorrer à vaga de desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), pelo Quinto Constitucional do MP, em abril do ano que vem.

A Gazeta conversou com membros do MP e do Poder Judiciário, que confirmaram que Deosdete seria o favorito para substituir o desembargador Guiomar Teodoro Borges, que se aposenta em abril de 2025 de maneira compulsória por completar 75 anos. Ele ingressou na Corte estadual em 2005 pelo Quinto Constitucional.

Na articulação, Deosdete não iria à reeleição para mais 2 anos. Para isso, o chefe do MP apoiará para a sua sucessão, o promotor de Justiça, Rodrigo Fonseca Costa, ex-presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMM).

Rodrigo seria o candidato com amplo apoio do interior, já que atua em Rondonópolis. Rodrigo é considerado um promotor articulador com bastante trânsito no meio político. Ele é genro do ex-deputado federal Augustinho Freitas de Rondonópolis.

Outra articulação já avançada é a garantia para que o promotor de Justiça Wesley Sanchez Lacerda, que ficou em primeiro lugar na vaga disputada este ano vaga de desembargador, ocupada por Marcos Regenold, para substituir Paulo da Cunha que se aposentará em agosto deste ano, já que completará 75 anos.

Cunha também é oriundo do Quinto Constitucional e foi indicado pelo Ministério Público, escolhido e nomeado em 2002, após a morte do desembargador Ataide Monteiro da Silva.

Wesley Sanchez Lacerda chegou a disputar a vaga neste ano, mas o governador Mauro Mendes (União) acabou optando por Marcos Regenold, que foi empossado como um dos 9 novos desembargadores do Judiciário de Mato Grosso.

"Racha"

Com a decisão do atual PGJ apoiar o nome de Rodrigo Fonseca Costa, o atual grupo que comanda o MP nos últimos anos entrou em divergência.

Isso porque o ex-procurador-geral de Justiça (PGJ), José Antônio Borges, defende que o comando do MP para o próximo biênio seja de uma mulher.

Tanto que ele já declarou apoio à subprocuradora-geral de Justiça de Planejamento e Gestão do MPMT, Hellen Uliam Kuriki.

Borges foi o principal apoiador de Deosdete em sua sucessão. Porém, agora, os dois deverão caminhar em lados opostos.

Já o grupo do ex-procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, deverá lançar o promotor de Justiça Antônio Sérgio Cordeiro Piedade. As eleição no Ministério Público de Mato Grosso ocorrerão em dezembro deste ano.