O professor de matemática, Celso Odinir Gomes, 63, está desaparecido desde a última sexta-feira (3), em Cuiabá. Ele saiu de sua casa para visitar sua chácara, quando não retornou mais.
A vítima foi vista pela última vez em sua casa no bairro Dom Aquino, com destino à sua chácara em Santo Antônio do Leverger (34 km ao sul de Cuiabá), e não foi mais visto.
Em conversa com o GD, a irmã de Celso, Maria Elza Gomes Canett, 66, informou que o irmão fazia o trajeto toda a sexta-feira, e ficava o fim de semana na chácara, seja com familiares ou sozinho.
Ela conta que um amigo entrou em contato com Celso, por volta das 18h, informando que estava indo à chácara e fazendo um compromisso com o mesmo. "Esse amigo conseguiu falar com ele, ele disse que estava no supermercado Bom Jesus, estava tranquilo. Eles marcaram de se encontrar na manhã do sábado, mas meu irmão não apareceu", conta.
Porém, conforme as câmeras do supermercado, Celso nunca esteve naquele local. Maria Elza conta que o carro do irmão foi visto pelas imagens do supermercado por volta das 14h do sábado (4), sentido centro, e por volta das 17h, sentindo Santo Antônio. "O carro dele foi visto nesses dois horários pela câmera, estava batido e sujo, o que estranhamos, porque o carro dele não estava batido, e ele nunca saia com ele sujo de barro".
Ela ainda conta, que conforme imagens da Semob, o carro do imrão foi visto passando pela avenida Beira Rio, percurso que ele não costuma fazer. "Nós acreditamos que foi um sequestro, que ele foi sequestrado no momento em que parou para falar com o amigo", conta.
Celso dirigia um Volkswagen Gol, GT branco, de placa QCD-4202.
Os familiares ainda contam que estiveram na casa em Santo Antônio do Leverger, para verificar se a vítima esteve lá, mas nenhum sinal do professor foi encontrado. "Nós fomos até a casa, não tinha nenhum sinal dele. A cama ainda estava feita, o que significa que ele não esteve lá".
"Estamos na angústia da espera. A esperança é que ele esteja vivo, mas a medida que o tempo vai passando, a gente vai passando a desacreditar. Meu irmão era professor, ele acreditava na humanidade, acreditava que esse país tinha jeito, mas ele mesmo foi vítima da violência", finaliza.
Celso leciona no Colégio Salesiano Santo Antônio, na capital, onde é professor de matemática.
Familiares e amigos buscam por informações.
Fonte: Gazeta Digital