CGU conclui que certificado de vacinação de Bolsonaro contra covid-19 é falso

Investigações da PF indicaram que os dados do cartão haviam sido adulterados para permitir a entrada de Bolsonaro nos Estados Unidos, no final de 2022.

Por Verdade na Hora em 19/01/2024 às 11:45:17

UOL

A CGU (Controladoria-Geral da União) concluiu ser falso o registro de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a covid-19. Investigações da Polícia Federal indicaram que os dados dos certificados haviam sido adulterados para permitir a entrada de Bolsonaro nos Estados Unidos, no final de 2022.

CGU identificou inconsistências no certificado de vacinação de Bolsonaro. Dados do Ministério da Saúde indicam que há um registro de vacinação contra a covid-19 em 19 de julho de 2021, na UBS Parque Peruche, em São Paulo. As investigações mostraram, porém, que o ex-presidente não estava na capital paulista nesta data — ele foi para Brasília um dia antes e não fez nenhum outro voo até 22 de julho.

Órgão também analisou informações sobre o lote da suposta vacina. Os dados mostraram que a vacina que Bolsonaro "tomou" não estava disponível na UBS Parque Peruche naquele dia. Além disso, em depoimento aos auditores da CGU, a enfermeira indicada no cartão de vacinação negou que tenha aplicado a dose e disse que não trabalhava mais na UBS à época, o que foi confirmado por documentos.

À CGU, funcionários da UBS negaram ter visto ex-presidente. Todos os funcionários ouvidos pela CGU disseram não ter visto Bolsonaro na UBS Parque Peruche em 19 de julho de 2021. Os depoimentos foram corroborados pela análise dos livros físicos mantidos pela UBS para registro da vacinação da população.

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