Emanuel nega dívida com emendas e ironiza opositores após pedido de Comissão Processante

Por Vinicius Mendes em 24/05/2024 às 21:25:52

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) ironizou, nesta sexta-feira (24), a sugestão de uma nova Comissão Processante contra ele na Câmara Municipal, após alegações de suposto calote envolvendo emendas parlamentares. O chefe do Executivo municipal disse que os vereadores de oposição querem fazer "filinha" de processos contra ele e afirmou que nenhum parlamentar protocolou pedido de encaminhamento das verbas para a Saúde.


Quem protocolou o novo pedido de Comissão Processante, que pode resultar na cassação do mandato do prefeito, foi a vereadora Maysa Leão (Republicanos). O argumento é que Emanuel não teria feito o pagamento de R$ 30 milhões de emendas parlamentares, que deveriam ser empregadas na Capital na realização de cirurgias.

Este pedido veio já após a decisão da Justiça que suspendeu investigação anterior sobre suspeita de que Emanuel chefiou um esquema de corrupção na Saúde. Emanuel confia que este novo pedido também será derrubado na Justiça.

"[Comissão] processante, eles querem só fazer essa "filinha". Mais uma, mais uma, sem nenhum compromisso com a cidade, sem nenhum compromisso com a estabilidade, sem nenhum compromisso com a verdade e nem com a Justiça. Só demagogia, por isso que esses vereadores da oposição são picolé de chuchu, igual leite condensado, depois da terceira colherada enjoa, então não vai a lugar nenhum, aí ficam querendo montar mais uma [comissão] processante e mais uma... vai trabalhar pô", disse.

O prefeito ainda disse que não se sente perseguido pela Câmara e classificou os vereadores que o atacam como "oportunistas" e "sem pauta" e que são uma "oposição perdida". Pinheiro também rebateu o argumento de que estaria se recusando a pagar as emendas. Segundo ele, não houve nenhum pedido oficial de direcionamento da verba para a saúde.

"Emenda tem uma lei para ela, tem que ter um processo, tem que ter um protocolo, não existe nada, eles não entraram com nenhum pedido, nenhum vereador, nem da base, nem da oposição [...] Quando um não quer, dois não brigam, eu não quero brigar, não tem sentido nenhum eu brigar, não entendi até agora o porquê desse debate, ninguém negou nada, até porque não existe nada oficialmente solicitado, existe uma conversa preliminar".

Para Emanuel estes posicionamentos contrários a ele tem apenas um culpado: o governador Mauro Mendes (União), que ele acusa de usar o aparelhamento do Estado para prejudicar sua imagem.

"Na verdade, a perseguição, o aparelhamento estatal contra o prefeito de Cuiabá vem do Estado de Mato Grosso. Essa é a verdadeira perseguição que contamina Câmara e outros com um único intuito: jogar a sociedade contra o prefeito, jogar a população contra o prefeito. Propagar um caos, inventar um caos, dizer que a cidade está acabada".

Fonte: Gazeta Digital

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