Deputada destaca déficit de 40% e cobra governador para aumento de efetivo da PM

Por Pablo Rodrigo em 04/06/2024 às 11:21:15

A coordenadora da bancada federal de Mato Grosso, deputada Coronel Fernanda (PL), cobrou o governo do Estado para que aumente o efetivo de policiais militares no Estado para fazer frente às facções criminosas. Mesmo negando a cobrança, a declaração é uma resposta ao governador Mauro Mendes (União) que tem criticado o código penal e cobrado do Congresso Nacional leis mais duras para quem comete crimes no país.

Segundo ela, os parlamentares legislam para aumentar a punição a quem comete crimes, e que isso não seria justificativa para não aumentar o efetivo de policiais no Estado.

"Não adiante ter juiz se não tiver quem vai prender, quem vai investigar. Uma coisa está ligada à outra. Hoje a Polícia Militar tem menos de 40% do que era previsto em 2014. O efetivo de Mato Grosso em 2014 era para ser 12 mil policiais. Nós temos pouco mais de 6 mil. Como vou fazer o policiamento ostensivo se nós não temos efetivo para isso. Não temos policiais suficientes para isso", disse nesta segunda-feira (3).

A parlamentar reconhece que a legislação do código penal precisa de atualização, contudo, lembra que as leis atuais já podem punir os criminosos, e que isso não pode ser usado para justificar a falta de concurso público para a segurança pública.

"O policial militar não é formado do dia para noite. Ele precisa de, no mínimo, um ano para se preparar. Não é uma crítica, é um chamamento para discussão. O governo tem feito muita coisa, mas está tendo uma falha nesse quesito", justifica.

"Esse ano está previsto que mais de 100 policiais irão se aposentar. Ano que vem mais ainda. Quando é que nós vamos nos preparar. Enquanto se perde policiais por aposentadoria ou morte, as facções estão chamando jovens todos os dias para fazer parte da criminalidade e nós não podemos aceitar isso", completou.

O governador Mauro Mendes vem cobrando a mudança da legislação para membros de facções criminosas, alegando que se não houver mudança, o Estado poderá perder essa "guerra" contra a criminalidade.

"Sobre essa questão das facções, se não houver uma mudança radical na lei brasileira, algumas cidades brasileiras serão perdidas para o crime organizado. A gente escuta isso direto sendo falado no Brasil inteiro. O Rio de Janeiro é uma delas. Têm facções para tudo quanto é lado. Precisar mudar muito a lei brasileira, porque aí nós vamos poder pegar esses bandidos, esses líderes faccionados", disse recentemente.

Fonte: Gazeta Digital

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