Cotado para presidir o PT, Edinho se livra de inquérito da Lava Jato

Por Verdade na Hora em 06/06/2024 às 11:20:25

O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) decretou nessa segunda-feira, 3, o trancamento do inquérito que tramitava desde 2015 - na esteira da Operação Lava Jato - e envolvia o ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (governo Dilma Rousseff) e atual prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT).

A investigação apurava suspeita de prĂĄtica de corrupção quando Edinho atuou como tesoureiro da campanha à reeleição de Dilma, em 2014.

O colegiado manteve decisão do juízo da 1.Ð Zona Eleitoral de Brasília que, em fevereiro, reconheceu "excesso de prazo" na condução do inquérito.

Os desembargadores do TRE-DF concluíram que a continuidade das investigações passaria a "configurar violação ao direito da personalidade do paciente". Eles advertiram que toda investigação "causa evidente abalo moral, econômico e desprestígio pessoal".

"Por entender que uma tramitação de oito anos é desproporcional para com qualquer pessoa é que estou, nesse momento, reconhecendo o constrangimento ilegal", registrou o despacho da Justiça Eleitoral de primeiro grau, agora confirmada pelo TRE-DF.

Prefeito de Araraquara em seu segundo mandato, Edinho é próximo do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva e o favorito do petista para presidir o PT a partir de 2025. Ele também é citado para assumir a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da PresidĂȘncia.

UTC

O inquérito que envolvia Edinho havia sido aberto em setembro de 2015, a pedido do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e por ordem do Supremo Tribunal Federal. A investigação teve como base a delação do empresĂĄrio Ricardo Pessoa, ex-presidente da UTC Engenharia.

Desde sua abertura, o inquérito tramitou em seis juízos diferentes - sem contar o próprio STF. Após o reconhecimento da competĂȘncia da Justiça Eleitoral para analisar o caso, transcorreram oito anos.

A defesa de Edinho destaca que, desde 2020, nenhuma diligĂȘncia foi realizada.

Ao pedir o trancamento do inquérito que incomodava Edinho desde 2015, sua defesa fez menção ao caso de outro investigado, o deputado Marcos Pereira, ex-ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (governo Michel Temer) - neste episódio, o STF também reconheceu excesso de prazo e arquivou a investigação.

Fonte: Gazeta Digital

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