A pouco mais de 5 meses para terminar o seu mandato, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), viu o sonho da implementação do "VLT Cuiabano" se dissolver antes mesmo de se concretizar no papel. Isso porque o projeto não foi escolhido pelo governo Lula (PT) para integrar o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). O anúncio das obras contempladas ocorreu na sexta-feira (26), em Brasília, e engloba 24 obras de infraestrutura em Mato Grosso.
Mato Grosso foi contemplado com R$ 374 milhões em obras como melhorias no abastecimento de água, esgotamento sanitário, mobilidade urbana e prevenção a desastres naturais.
"Infelizmente não conseguimos. A Casa Civil informou ao deputado Emanuelzinho (MDB) que não tinha como incluir o VLT Cuiabano porque já está em andamento as obras do BRT em Cuiabá, com autorização da Justiça, por uma liminar. E nenhum gestor vai investir dinheiro publico em obras judicializadas", disse Emanuel ao GD.
Segundo ele, o seu erro foi ter divulgado o projeto, já que, com isso, o governo do Estado passou a acelerar as obras do BRT, e buscou a Justiça para conseguir realizá-la na Capital. Os trabalhos do BRT foram proibidos pelo prefeito, mas liberados pelo Judiciário.
"Era um sonho que eu tinha, de deixar esse legado para o provo cuiabano. Mas não será dessa vez", completou.
Emanuel chegou a apresentar o projeto do VLT Cuiabano com o valor de R$ 4.968.750 e novos trechos que ampliariam o projeto inicial, feito para a Copa do Mundo de 2014.
O novo projeto suprimia Várzea Grande da rota e levava os trens até o Distrito Industrial - no trecho Coxipó. O documento chegou a ser aceito pela equipe do Ministério das Cidades, mas ficou de fora dos investimentos.
Emanuel Pinheiro sempre defendeu a conclusão do VLT. Contudo, o governador Mauro Mendes (União) decidiu abandonar a obra e construir o BRT. Neste ano, ele vendeu os vagões do transporte por R$ 793 milhões para o Estado da Bahia.
Fonte: Gazeta Digital