Em meio a protestos, governo do Rio repassa R$ 150 milhões para a Uerj

Por Verdade na Hora em 29/08/2024 às 10:45:47

Em postagens nas redes sociais, o governo do Rio de Janeiro anunciou nesta quarta-feira (28) que farĂĄ um repasse de R$ 150 milhões para a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). De acordo com a publicação, os recursos garantem a manutenção de bolsas, serviços e o pagamento de terceirizados até o fim do ano.

O anĂșncio ocorre em meio aos protestos dos estudantes que ocorrem hĂĄ cerca de um mĂȘs. Eles questionam os novos critérios anunciados para concessão de bolsas e auxĂ­lios e chegaram a ocupar o edifĂ­cio) da reitoria por duas vezes, o que levou à administração da instituição à suspender as aulas.

As mudanças foram formalizadas por meio do Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 38/2024. Ele estabelece, entre outras medidas, que o AuxĂ­lio Alimentação passarĂĄ a ser pago apenas a estudantes cujos cursos tenham sede em campi que ainda não tenha restaurante universitĂĄrio. O valor é de R$ 300, pago em cotas mensais, de acordo com a disponibilidade orçamentĂĄria.

AuxĂ­lios tĂȘm limites

Além disso, o ato da Uerj estabelece como limite para o recebimento de auxĂ­lios e Bolsa de Apoio a Vulnerabilidade Social ter renda bruta familiar, por pessoa, igual ou inferior a meio salĂĄrio mĂ­nimo vigente no momento da concessão da bolsa. Esse valor atualmente é equivalente a até R$ 706, um terço do teto que vigorava na regra anterior.

Os estudantes pedem a revogação do Aeda 38/2024. Eles alegam que os recursos irão fazer falta e poderão prejudicar afetar a continuidade dos estudos e a permanĂȘncia na universidade. Na semana passada, a Uerj chegou a apresentar uma proposta com medidas de transição: os alunos que perderam o direito à Bolsa de Apoio à Vulnerabilidade Social receberiam R$ 400 mensais e teriam gratuidade no restaurante universitĂĄrio até dezembro de 2024.

Além disso, foi sugerida a criação de um grupo de trabalho para rever casos de pessoas não contempladas com bolsa permanĂȘncia porque a documentação estava incompleta ou não cumpria condições à época de sua entrada na universidade. As medidas ainda geram resistĂȘncia.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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