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prazos não cumpridos

Burocracias atrapalham internacionalização de aeroporto


As tentativas de internacionalizar o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, enfrentam constantes entraves burocráticos, mesmo com sucessivas promessas para viabilizar a operação de voos internacionais. Em entrevista ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real, canal 10), nesta sexta-feira (1º), o senador Wellington Fagundes (PL), um dos principais defensores da internacionalização do terminal, criticou os obstáculos impostos pelas agências reguladoras.

"Burocracia. Os órgãos têm um poder exagerado. Você vê, o presidente veio aqui, Lula, 3 meses atrás, estava definido que ia assinar a internacionalização do aeroporto e chegou, nem presidente, nem ministro tinha o processo definido. E ontem nós tivemos uma reunião com a ANAC, eu e o deputado Carlos Avallone, e olha o que aconteceu. Até agora não chegou o processo na ANAC, está ainda na burocracia, na Receita Federal. Eu acho que é um desrespeito a nossa sociedade", afirmou Fagundes.

Após ser reformado e reinaugurado com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o aeroporto foi considerado apto para a realização de voos internacionais. Em outubro, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, chegou a afirmar que o terminal receberia voos estrangeiros em até 45 dias, mas o prazo se esgotou e a autorização ainda não foi liberada.


O senador relatou que a situação se arrasta devido a processos que não avançam dentro de órgãos como a Receita Federal e a própria Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). "Ontem mesmo fizemos uma reunião, cobramos e essa semana que vem nós vamos ter que brigar. Não vai ter outra alternativa. Não é possível que queiram impedir o nosso desenvolvimento. Como disse Avallone, o aeroporto está lá o nome internacional do Aeroporto Internacional Marechal Rondon. Já foi internacional e deixou de ser. Agora as obras estão prontas, tudo tá pronto e a burocracia não entregou", continuou.


Fagundes também destacou que a persistência das burocracias no país acaba travando iniciativas de crescimento e desenvolvimento econômico. "Hoje eu estava reunido com os presidentes das associações comerciais. Infelizmente, a burocracia ainda impera no Brasil, mesmo tendo sido criado o Ministério da Desburocratização, porque no Brasil, infelizmente, cada um quer ser dono de um poder", concluiu o senador.

Gazeta Digital

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