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Política

Fórum denuncia manobra da Assembleia e alerta que veto não encerra a discussão.


O Fórum Popular Socioambiental de Mato Grosso (Formad) criticou duramente os deputados estaduais, acusando-os de tentar "passar a boiada" por meio do Projeto de Lei Complementar (PLC) 18/2024. O texto propõe mudanças na classificação da vegetação no estado, o que facilitaria o desmatamento. Em resposta às críticas e pressões, o governador Mauro Mendes (União) anunciou que vetará o projeto.


Segundo informações divulgadas, o PLC 18/2024 permitiria a ampliação das áreas destinadas à exploração, reduzindo a extensão das reservas legais de Mato Grosso. Essa mudança teria um impacto significativo nas emissões de gases do efeito estufa, agravando ainda mais a crise climática. O projeto foi aprovado em 8 de janeiro, antes do início oficial das atividades da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o que gerou questionamentos sobre a transparência do processo.


"Em um estado marcado pela força do agronegócio, caso o projeto não fosse vetado pelo governador, seria mais um avanço político-jurídico que favoreceria a exploração desenfreada do solo e das terras, contribuindo para o aumento das emissões de gases do efeito estufa no Brasil. Felizmente, dessa vez, a tentativa de "passar a boiada" foi barrada", afirmou o Formad em nota oficial.


O fórum também destacou a responsabilidade de Mato Grosso em preservar os biomas que abriga — Amazônia, Cerrado e Pantanal —, criticando o histórico de iniciativas legislativas que priorizam interesses econômicos em detrimento da conservação ambiental. "Um estado que abriga três dos mais importantes biomas do Brasil deveria ser um exemplo de conservação e proteção dos seus territórios. Porém, o que vemos são iniciativas como o PLC 18/2024, aprovado às pressas no último dia 8 de janeiro", apontou o Formad.


O grupo enfatizou que legislações semelhantes já foram propostas no passado, revelando uma postura recorrente dos poderes Legislativo e Executivo em não priorizar a proteção ambiental. O veto ao PLC 18/2024 foi considerado uma vitória momentânea pelos ambientalistas, mas reforça a necessidade de vigilância constante contra retrocessos que possam comprometer os recursos naturais e o equilíbrio climático.


Gazeta digital

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