O advogado Marciano Xavier, responsável pela defesa dos policiais militares Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Leandro Cardoso e Heron Teixeira Pena Vieira, afirmou que os investigados não têm qualquer envolvimento no assassinato do advogado Renato Nery. De acordo com Xavier, a Polícia Civil pode ter "se equivocado" ao realizar as prisões durante a Operação Office Crimes - A Outra Face, que investiga o homicídio ocorrido em 5 de julho de 2024, em Cuiabá.
Em entrevista, o defensor ressaltou que os três policiais militares estão sendo injustamente implicados no caso e que não há provas concretas que os vinculem ao crime. "Não há nenhum elemento que ligue diretamente os meus clientes ao assassinato de Renato Nery", afirmou Xavier, reforçando que os acusados são inocentes e devem ser tratados como tal até que a verdade seja estabelecida. O advogado ainda questionou a metodologia da investigação e indicou que as prisões realizadas durante a operação podem ter sido precipitadas, sem a devida comprovação das alegações feitas.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) confirmou a prisão de quatro militares e de um acusado de ser o executor do assassinato de Renato Gomes Nery, que foi morto a tiros em frente ao seu escritório. A operação, intitulada "Office Crimes - A Outra Face", tem como objetivo elucidar os detalhes do crime, mas a defesa dos militares acredita que há falhas na investigação.
Renato Nery, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB-MT), foi assassinado em um crime que chocou a cidade de Cuiabá. Desde então, a Polícia Civil tem trabalhado para identificar os responsáveis pelo assassinato, resultando nas prisões realizadas na manhã desta quinta-feira (6). Contudo, a defesa dos policiais agora questiona a legalidade e a precisão das investigações, alegando que as prisões podem estar baseadas em suspeitas infundadas.
O caso segue em andamento, com as autoridades locais e a população aguardando mais esclarecimentos sobre as circunstâncias que envolveram o crime. A defesa dos militares afirma que, ao longo da investigação, será possível provar a inocência de seus clientes, e que a Polícia Civil deve revisar as provas e evidências de forma mais criteriosa.
O advogado também se manifestou sobre a pressão da mídia, que, segundo ele, tem criado um clima de culpabilidade antecipada, prejudicando a imagem de seus clientes. Ele pediu para que a investigação seja conduzida de maneira justa, com o respeito aos direitos de defesa dos acusados.
A Operação Office Crimes - A Outra Face continua apurando os fatos, e a população segue atenta aos desdobramentos do caso. O Ministério Público e a Polícia Civil devem avaliar as evidências e decidir se novas ações serão tomadas em relação aos envolvidos.
Fonte: Gazeta digital