Os mercados emergentes enfrentam um período de incerteza após a imposição de novas tarifas pelo governo de Trump. A medida surpreendeu investidores e causou fortes reações, especialmente na Ásia.
O Vietnã foi um dos países mais afetados, com suas ações registrando a maior queda diária em quatro anos, quase 7%. A moeda vietnamita, o dong, também sofreu uma desvalorização recorde.
Na Tailândia, o baht atingiu a menor cotação em três meses, evidenciando o impacto das políticas comerciais americanas na região. Especialistas alertam para a necessidade de cautela e possíveis retaliações, que podem prejudicar a todos os envolvidos.
"O presidente diz que as tarifas são necessárias para eliminar o déficit comercial dos EUA, que ele vê como uma transferência de riqueza para estrangeiros. No entanto, como qualquer um de seus economistas poderia lhe dizer, esse déficit geral surge porque os americanos escolhem poupar menos do que seu país investe" afirma a publicação.
Uma alternativa para os países emergentes seria fortalecer os fluxos comerciais entre si, especialmente no setor de serviços, reduzindo a dependência dos Estados Unidos, que atualmente representam apenas 15% da demanda global por importações.
A revista também sugere um novo modelo de integração com a China, desde que o país asiático avance na reestruturação de sua economia e adote regras mais rígidas sobre transferência de tecnologia e investimentos. Para isso, a União Europeia deveria fortalecer suas políticas de investimento e abandonar a resistência a grandes acordos comerciais.
"Não há como evitar o estrago que Trump causou, mas isso não significa que sua tolice esteja destinada a triunfar", finaliza a revista.
Apesar dos desafios impostos pelas políticas de Trump, especialistas defendem que os países fortaleçam entre si os fluxos comerciais, sobretudo em serviços, sem depender dos EUA.
*Reportagem produzida com auxílio de IA