O Rio de Janeiro enfrentou mais um dia de caos com confrontos intensos entre policiais e criminosos nas comunidades do Chapadão e Complexo da Maré. A audácia dos bandidos chegou ao ponto de sequestrarem ônibus e utilizá-los como barricadas para impedir o avanço das forças de segurança, uma tática que expõe o nível de desespero e a ousadia do crime organizado na cidade.
No Chapadão, a ação policial do 41° BPM (Irajá) foi recebida a tiros na Rua Sargento Rego, desencadeando um intenso tiroteio. Dois suspeitos foram baleados e encaminhados ao Hospital Carlos Chagas, enquanto um terceiro foi preso. A polícia apreendeu dois fuzis no local, e o caso foi registrado na 39ª DP (Pavuna).
Paralelamente, no Complexo da Maré, a PM deflagrou uma grande operação em sete comunidades, visando combater o tráfico de drogas e recuperar veículos roubados. A ação criminosa de tomar ônibus de passageiros ocorreu nas proximidades da Linha Amarela, mas a polícia conseguiu impedir o bloqueio total da via.
"Eles retiram os motoristas, tomam as chaves e travam as ruas com os ônibus, dificultando nossa mobilidade. É uma forma de tentar enfraquecer o cerco", afirmou a tenente-coronel Cláudia Moraes, porta-voz da corporação, sobre a estratégia dos criminosos.
As linhas de ônibus afetadas incluíram as 669 (Pavuna x Méier), 779 (Pavuna x Terminal Madureira), 793 (Pavuna x Terminal Sulacap), SR399 (Pavuna x Passeio) e 919 (Pavuna x Bonsucesso). A situação também impactou outras linhas que circulam na região, como a 384 (Pavuna x Castelo), 799 (Metrô Pavuna x Terminal Sulacap) e SP795 (Pavuna x Terminal Deodoro).
A Polícia Militar tem orientado os moradores a ficarem atentos às movimentações nas áreas de operação. Apesar da liberação das vias, as ações policiais continuam ativas no Chapadão e na Maré.
"A gente reforça que há presença policial nas comunidades e que a população deve buscar informações atualizadas antes de se deslocar", destacou a tenente-coronel Moraes, alertando para a importância de se manter informado.
O consórcio Rio Ônibus expressou seu lamento pelos incidentes e cobrou ações efetivas das autoridades para garantir a segurança da população.
"Reiteramos o apelo por providências urgentes que devolvam à população carioca o direito de viver em paz", disse o consórcio em nota, refletindo o clamor da sociedade por soluções.*Reportagem produzida com auxílio de IA