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CPI das Bets prende empresário por falso testemunho no Senado

Por Verdade na Hora em 29/04/2025 às 16:53:22

O empresĂĄrio Daniel Pardim Tavares Lima foi preso, nesta terça-feira (29), acusado de falso testemunho, durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, no Senado. Pardim negou conhecer Adélia de Jesus Soares, sua sócia na empresa Peach Blossom River, o que foi considerado falso pelos parlamentares.

A relatora da CPI, Soraya Thronicke (Podemos-MS), pediu prisão em flagrante do empresĂĄrio, o que foi aceito pelo presidente da comissão, senador Dr. Hiran (PP-RR).

"Vou pedir vĂȘnia aqui, mas, senhor Daniel Pardim Tavares Lima, o senhor estĂĄ preso. O senhor e seus advogados vão poder explicar em um habeas corpus [HC]", disse a relatora Thronicke.

O advogado do empresĂĄrio, Lucas Monteiro Faria, acusou a parlamentar de abuso de autoridade e negou que o empresĂĄrio tenha mentido. "Eu gostaria somente que se justificasse qual foi a mentira que ele pregou aqui. Não houve nenhuma mentira", reclamou.

O presidente da CPI, Dr. Hiran, suspendeu os trabalhos por cinco minutos para discutir o pedido de prisão. Ao reabrir a sessão, o parlamentar atendeu o pedido da relatora.

"Em virtude dessa solicitação de prisão em flagrante, eu solicito à PolĂ­cia Legislativa do Senado que tome as providĂȘncias para lavrar o auto de prisão", informou o presidente da CPI.

O senador Hiran disse que a sócia do empresĂĄrio Daniel Pardim, a advogada Adélia de Jesus Soares, deve ser conduzida à força à CPI para prestar depoimento uma vez que, convocada para comparecer nesta terça-feira, ela não compareceu.

Em entrevista à TV Senado após a reunião, a relatora Soraya Thronicke disse que a obrigação do empresĂĄrio Daniel Lima, enquanto testemunha, era de falar a verdade naquilo que não o incriminasse. "Ele começou mentindo que não conhecia os seus sócios. Imagina, ninguém constitui uma sociedade que vocĂȘ não telefona, ou não conhece. O que nos parece é que ele é um chamado "laranja". Ele mentiu mais de trĂȘs ou quatro vezes e nós demos a chance, perguntamos vĂĄrias vezes", afirmou.

A CPI do Senado investiga a crescente influĂȘncia dos jogos virtuais de apostas online no orçamento das famĂ­lias brasileiras, além da possĂ­vel associação das bets com organizações criminosas para lavagem de dinheiro, assim como o uso de influenciadores digitais na promoção e divulgação dessas atividades.

A empresa Peach Blossom River Technology, que participa de outra companhia chamada Payflow, atua no setor de pagamentos digitais e presta serviços às apostas on-line, segundo a relatora. A Payflow é investigada pela PolĂ­cia Civil do Distrito Federal por indĂ­cios de lavagem de dinheiro e transferĂȘncias ilegais.

A AgĂȘncia Brasil procura a defesa do empresĂĄrio Daniel Pardim Tavares Lima e de sua suposta sócia, Adélia Soares, para manifestação sobre os fatos narrados nesta reportagem. O espaço estĂĄ aberto.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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