Campanha voto unico

Fábio diz que histórico familiar de Janaina a impede de desqualificá-lo; 'sem moral'

Por Fred Moraes em 06/05/2025 às 14:53:03

Otmar de Oliveira

O secretário-chefe da Casa Civil e deputado federal licenciado por Mato Grosso, falou pela primeira vez à imprensa sobre os ataques desferidos pela deputada estadual Janaina Riva (MDB), que na semana passada o acusou de perseguição por não pagar suas emendas e afirmou que tornaria dura oposição ao governo na Casa de Leis por supostas atitudes "de moleque" cometidas por ele. À jornalistas Garcia respondeu à deputada negando as acusações e adiantou que não permitirá que nenhum político suje sua imagem e ainda alfinetou a deputada ao citar que ela não tinha sequer qualificação por ser criada no "berço da corrupção", referindo-se indiretamente ao pai da parlamentar, José Riva.

De acordo com Fábio, todas as acusações de Janaina são "ataques pessoais" com cunho eleitoral e por isso desconsiderou o que foi dito na tribuna. No entanto, não admite que a deputada ou qualquer outro político tente desestabilizá-lo e reforçou que não levará desaforo para casa.

"Eu fui calmo, tranquilo e sereno. E não foram críticas, foram ataques, é diferente. Ela, no vídeo dela, me chamou de moleque, falou que eu tinha que provar que eu era homem. Portanto, aquilo não foram críticas normais da política, foram ataques, inclusive pessoais. Eu entrei na política de cabeça erguida, vocês podem ter certeza. Vou sair da política um dia, mas sairei de cabeça erguida. Eu não levo desaforo para casa, eu respeito as pessoas, mas também peço que as pessoas me respeitem", disse o secretário.

Na entrevista, Fábio foi questionado sobre sua resposta, feita em um vídeo no Instagram desmentindo a deputada e citando o histórico de corrupção do pai dela, José Riva, se não acreditava que o posicionamento caminhou num sentido atacando a vida pessoal da emedebista, mas o secretário foi enfático ao dizer que não acreditava na hipótese e que apenas se defendeu.

Em sequência, afirmou que não disse nenhuma mentira, porque a questão judicial envolvendo Riva era algo noticiado há anos. Por fim, Garcia ainda concluiu sua fala afirmando que ninguém da família dele poderia ter "moral" para tecer críticas ou acusações.

"Quer debater política, vamos debater. Ataque pessoal, eu não vou aceitar. Eu falei verdade sobre a família Riva, é diferente. Eu disse que eu não fui criado no berço da corrupção, com dinheiro da corrupção. Todo mundo sabe o histórico da família Riva aqui, não estou falando nada que ninguém saiba no Mato Grosso. O ex-deputado Geraldo Riva é o político mais corrupto da história desse Estado aqui. Portanto, eu acho que a família Riva não tem moral para apontar o dedo para a cara de ninguém. E eu não vou aceitar que a pessoa me venha com ataques pessoais. Ela me respeite, respeitarei a Janaina", finaliza.

Fala na tribuna

Na última quarta-feira (30), Janaina subiu a tribuna e fez duas críticas ao deputado federal licenciado e atual secretário chefe da Casa Civil, Fabio Garcia (União Brasil) com acusações de perseguição política. Segundo ela, Fábio teria declarado que não pagaria as suas emendas parlamentares impositivas. Janaina ainda citou que caso as emendas não sejam pagas, faria um forte enfrentamento no parlamento.

"Esse tipo de chantagem barata, ridícula e feita nas costas. Seja homem, fala isso pra mim que eu não gosto de molecagem. Eu sou mulher decente, tô fazendo aqui, desempenhando o meu papel. Não vem com molecagem para cima de mim. Ameaçazinha faz lá pra suas negas, faz pra lá. Não vem aqui fazer para mim", pontuou.

No mesmo dia, Garcia utilizou sua rede social para rebater a manifestação de Janaina e afirmou que a deputada teve uma fala baixa e racista ao atacá-lo. Garcia não poupou críticas, disse que ela se fez de vítima e disparou: "Eu não fui criado com dinheiro da corrupção".

"Primeiro que não é a senhora que vai me obrigar a pagar suas emendas. É a lei que já obriga ao executivo estadual ou federal a pagar as emendas impositivas. Portanto, todas as emendas serão pagas como vêm sendo pagas, como foram nos últimos dois anos. Agora, quando o executivo paga a emenda do parlamentar, aí a senhora não vai determinar. A senhora faz o seu trabalho lá e eu farei o meu trabalho aqui", disse.

O secretário não se intimidou. "Se a senhora quiser me enfrentar, eu tô pronto. E mais, muito tranquilo", disse.

Fonte: Gazeta digital

Comunicar erro

Comentários

3