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OPERAÇÃO RAGNATELA

Emanuel pede investigação em secretaria para identificar envolvidos com facção


Em entrevista na manhã de segunda-feira (10), o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou que ordenou ao secretário municipal de Ordem Pública, coronel Leovaldo Sales, que investigue a existência servidores envolvidos com o crime organizado na pasta ou que tenham participado do esquema desarticulado pela Operação Ragnatela, que mirou membros do Comando Vermelho envolvidos na realização de shows em Cuiabá.


No decorrer das investigações, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO/MT) descobriu também um esquema de transferência de membros da facção que estavam presos na Penitenciária Central do Estado (PCE) para o antigo presídio do Carumbé.

Entre os beneficiados estaria Paulo Witer Farias Paelo, o WT. Os criminosos citam a participação de Winkler de Freitas Teles, ex-diretor do Carumbé, do ex-secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, e também do secretário de Ordem Pública de Cuiabá, Leovaldo Sales.

Ao GD, o coronel Sales afirmou que não conhece ninguém do sistema prisional e que sua secretaria não tem qualquer relação com este sistema, que é de responsabilidade do Estado. Emanuel disse que exigiu uma investigação na Secretaria de Ordem Pública.

"Determinei ao coronel Sales que se abra um PAD [processo administrativo disciplinar], se investigue tudo e os responsáveis, dando o devido processo legal, todo o direito de defesa se denunciado for, [...] detectado no final, que paguem no rigor da lei e acabou. Eu já determinei isso, não precisa ser cobrado", disse o prefeito.

O esquema do CV também contaria com a participação de servidores e até de parlamentares, como é o caso do vereador Paulo Henrique (MDB). Para Emanuel, isso significa que o crime organizado tem vencido a guerra contra o Estado.

"Aquilo que o deputado Abílio falou, o narcoestado está dominando o estado constitucional aqui no Mato Grosso. O Comando, o PCC estão infiltrados e crescendo muito porque não há uma política de segurança pública em Mato Grosso [...]. O estado paralelo está vencendo a briga com o estado constitucional aqui em Mato grosso, essa é a grande verdade", afirmou.

Operação Ragnatela
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO/MT) prendeu na manhã de quarta-feira (5) um total de 8 pessoas e cumpriu 36 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso e no Rio de Janeiro contra membros do Comando Vermelho que usavam casas noturnas em Cuiabá para lavar dinheiro do crime.

Ao todo, cerca de 400 policiais cumpre as ordens de prisão e de busca e apreensão. Há ainda sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas bancárias, afastamento de servidores de cargos públicos e suspensão de atividades comerciais. As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá.

As investigações apontaram, por exemplo, que os criminosos que participavam da gestão das casas noturnas em Cuiabá utilizavam a estrutura para fazer show de cantores conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.

Os acusados repassavam ordens para não que não fossem contratados alguns artistas de outros estados, com influência em outras organizações criminosas rivais, sob pena de represálias da facção.

Gazeta Digital

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