O grupo terrorista Hamas emitiu uma forte declaração nesta quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025, rejeitando veementemente a proposta do presidente norte-americano, Donald Trump, de que os Estados Unidos assumam o controle da Faixa de Gaza.
O Hamas qualificou a proposta como "racista" e alertou que essa medida pode agravar significativamente a violĂȘncia na região.
"A posição racista americana estĂĄ alinhada com a da extrema-direita israelense, que consiste em deslocar o nosso povo e erradicar nossa causa." concluiu o porta-voz do Hamas, Abdel Latif al Qanu.
Em comunicado oficial, o grupo terrorista denunciou o plano como uma agressão ao povo palestino e à sua causa, argumentando que tal ação não contribuirĂĄ para a estabilidade regional, mas sim para o aumento das tensões.
A polĂȘmica proposta foi apresentada por Trump na Ășltima terça-feira, 4 de fevereiro, durante uma reunião na Casa Branca com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Trump surpreendeu ao anunciar que os EUA "assumirão o controle da Faixa de Gaza e tambĂ©m faremos um bom trabalho".
AlĂ©m disso, Trump solicitou que os mais de dois milhões de habitantes de Gaza deixem o território e se desloquem para paĂses vizinhos, como o Egito e a Jordânia, apesar da oposição desses paĂses e da população palestina.
O presidente americano descreveu, sem detalhamento, um plano de longo prazo para o desenvolvimento econômico de Gaza, incluindo a demolição de prĂ©dios destruĂdos e a construção de novas moradias e empregos. O objetivo, segundo ele, seria transformar Gaza na "Costa Azul do Oriente MĂ©dio".
"Mudaremos a história" disse Netanyahu, referindo-se ao plano de Trump.
A declaração de Netanyahu demonstra o apoio israelense ao plano, que, segundo alguns aliados, inclui a reinstalação de colônias judaicas na Faixa de Gaza, território que Israel abandonou unilateralmente em 2005, durante o governo de Ariel Sharon.
A proposta de Trump gerou forte repĂșdio por parte do Hamas e da população palestina, gerando preocupações sobre o futuro da região e o aumento de conflitos.
O posicionamento de Donald Trump e Benjamin Netanyahu acendeu o alerta para um novo ciclo de violĂȘncia na região. A comunidade internacional observa atentamente o desenrolar dos eventos.
*Reportagem produzida com auxĂlio de IA