Ucrânia pressiona Europa por enviado em negociações de paz

Em meio a crescentes tensões, a Ucrânia exige que a Europa designe rapidamente um representante para futuras negociações de paz com a Rússia e os EUA. A urgência da situação foi destacada por Ihor Zhovkva, vice-chefe do gabinete do presidente Volodymyr Zelensky.

Segundo Zhovkva, a decisão precisa ser imediata.

"Deve ser uma decisão tomada rapidamente", disse Ihor Zhovkva, vice-chefe do escritório de Zelensky, à Bloomberg. "Espero que logo após a reunião em Paris. Devemos agir, não refletir."

ele afirmou em declarações à Bloomberg. A escolha do representante, segundo ele, requer um perfil de liderança capaz de representar a Ucrânia em pé de igualdade com Zelensky, o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin.

Zelensky também endossou a iniciativa, declarando em videoconferência dos Emirados Árabes Unidos:

"Deve haver um representante da Europa."

concluiu o presidente ucraniano.

A rapidez com que o presidente Trump pressionou por negociações com Putin surpreendeu os líderes da UE. Funcionários americanos e russos estão programados para se reunir na Arábia Saudita, aumentando a pressão pela definição de uma posição europeia.

Em resposta, o presidente francês Emmanuel Macron organizou uma cúpula em Paris, reunindo líderes europeus para discutir a situação e o aumento de gastos com defesa na Europa. Embora sem conclusões formais, o encontro visa elaborar uma estratégia conjunta. Macron conversou com Trump antes e pretende atualizá-lo após a cúpula. A iniciativa francesa demonstra a preocupação da Europa com a possibilidade de ser marginalizada nas negociações.

A administração Trump buscou informações discretas de nações europeias sobre as garantias de segurança que ofereceriam à Ucrânia para garantir um acordo de paz duradouro. Um ponto crucial é como os aliados reagiriam a eventuais ataques a forças de manutenção da paz por Moscou.

A necessidade de uma posição europeia coerente e tangível para influenciar as negociações é crucial. A Ucrânia exige garantias de segurança antes de dialogar com a Rússia, e a falta de um interlocutor claro prejudica a posição europeia. A ausência de vários estados membros da UE na reunião de Paris gerou críticas, com a presidente da Eslovênia, Natasa Pirc Musar, afirmando que o formato envia uma mensagem equivocada sobre o consenso da UE.

A Comissão Europeia e o Conselho Europeu, juntamente com a OTAN, foram convidados para representar a União Europeia nas negociações. A pressão sobre a Europa para uma resposta rápida e decisiva é evidente. O tempo se esgota para que o bloco apresente uma proposta concreta e um interlocutor único nas negociações de paz.

*Reportagem produzida com auxílio de IA