Presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e prefeito de Primavera do Leste (243 km de Cuiabá), Leonardo Bortolin (MDB), defendeu o confisco de terras de responsáveis por crimes ambientais no Estado. Contudo, o gestor utilizou um tom mais moderado, afirmando que a aplicação da eventual medida deve levar em consideração o tamanho da área devastada.
O posicionamento ocorreu quando Bortolin foi questionado sobre o caso do pecuarista Claudecy Oliveira Lemes, acusado de desmatar 81 mil hectares do Pantanal mato-grossense com compostos químicos. Ele foi entrevistado do Jornal do Meio Dia (TV Vila Real, canal 10), na quinta-feira (18),
"Eu acho que isso deve depender do tamanho do crime que ele cometeu, o tamanho do desmate. Vamos supor, uma área aberta legalmente e houve um desmate um pouquinho além do que foi previsto. Nesse caso, eu acho que a pessoa não deveria perder a área simplesmente. Agora, na situação de Barão de Melgaço, não só perder a área como ir para cadeia também", disse.
O caso envolvendo Claudecy acendeu uma defesa antiga e polêmica do próprio governador Mauro Mendes (União), que pede o endurecimento da lei para que os proprietários "percam as terras" após cometer crimes ambientais.
Contudo, para Bortolin, a gravidade de cada caso deve ser analisado de forma específica. "Nossa posição é de que todo o desmate feito de maneira ilegal deve ter sua punição. Agora, o caso de Barão de Melgaço tem que ser tratado como um crime e merece cadeia ao produtor", disse.
Fonte: Gazeta Digital