Suspeitos "farrearam" com carro de vítima e o abandonaram após repercussão

Foi revelado pela Polícia Civil, em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (10), que os suspeitos detidos pelo homicídio do professor Celso Odinir Gomes, 63, utilizaram o carro da vítima para ir a festas e bares durante o fim de semana. Eles só abandonaram o veículo após o caso ganhar repercussão.

Policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) identificaram e prenderam 4 suspeitos de envolvimento no crime, sendo 2 adultos e 2 adolescentes. Um dos menores, 17, confessou a autoria do homicídio e disse que recusou investidas da vítima durante uma carona. Depois do crime, ele pediu ajuda para se livrar do corpo e continuou com o carro.

"Acerca do proveito que eles tiveram, que este veículo foi utilizado por eles, da possível subtração de valores em relação aos cartões da vítima ou saques bancários, é necessário que a apuração consiga obter formalmente estes elementos, mas existe a possibilidade da motivação patrimonial, como crime de latrocínio", disse um dos delegados.

A polícia revelou que os suspeitos utilizaram o carro da vítima para "farrear" durante o fim de semana e decidiram o abandonar após a comoção que o caso gerou. Eles teriam ido a bares, se juntaram a outras pessoas e passearam com o veículo durante a madrugada, isso tudo após se livrarem do corpo da vítima. Houve multa, pois estavam em alta velocidade quando seguiam em direção ao Jardim Imperial, onde o carro foi visto.

A polícia deu detalhes sobre as diligências, destacando que procuraram os suspeitos em vários locais da região metropolitana, mas eles só foram encontrados após denúncias de pessoas que moravam perto da casa deles, que os viram entrando em um matagal.

Sobre os suspeitos detidos, um tinha 17 anos, um 16, um 18 e a garota tinha 20 anos. Ela era responsável por vender contas para que fossem aplicados golpes em plataformas de vendas e teria um relacionamento com o autor do homicídio. A jovem desconfiou do motivo do garoto estar com um carro, acreditando ser fruto de um furto, e depois o incentivou a confessar o crime.