A prefeita eleita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), que durante a campanha não poupou críticas ao prefeito Kalil Baracat (MDB), acusando-o de ser um "gerente" dos Campos, agora enfrenta uma ironia do destino. Nos bastidores, a própria Flávia vem sendo chamada de "gerentona", mas, desta vez, do vice-prefeito Tião da Zaeli (PL).
A nova configuração da gestão Moretti-Zaeli, que assumirá em janeiro, tem alimentado conversas nos bastidores políticos. Em entrevista ao portal VGN, nessa sexta-feira (15.11), o vice-prefeito Tião da Zaeli confirmou que terá o controle das pastas mais estratégicas, como Educação, Obras, Serviços Públicos, Desenvolvimento Econômico, Fazenda, Orçamento, Planejamento e Procuradoria. Já Flávia ficará responsável por nomeações em áreas consideradas menos centrais, como Planejamento Estratégico, Assistência Social, Saúde e Comunicação.
Segundo Tião da Zaeli, a divisão de funções foi pactuada antes mesmo das eleições. "Flávia foi a única que aceitou a proposta de aliança eleitoral após várias recusas de outros nomes. Ela topou o projeto, mas deixou claro que não tinha condições financeiras para disputar. Eu disse: "Tudo bem, posso ser seu vice, porque, se você não aceitar, eu vou sair candidato. Era uma questão de honra. Eu tinha certeza de que a gente ia ganhar as eleições. Eu já tinha falado para o Kalil: se ele continuasse com os Campos, eu ia derrotá-lo", declarou Zaeli em tom confiante.
As declarações de Tião não apenas reforçam sua posição de destaque no futuro governo, mas também levantam questionamentos sobre a autonomia de Flávia. Durante a campanha, a prefeita eleita construiu sua imagem como um símbolo de independência e prometeu romper com as práticas do passado. Agora, no entanto, enfrenta críticas que colocam em xeque essa narrativa, principalmente diante da influência marcante de seu vice na composição do governo.
Expectativas e Desafios
O novo governo terá de lidar com a difícil tarefa de equilibrar interesses e corresponder às expectativas criadas durante a campanha. Flávia precisará consolidar sua liderança, enquanto Tião assumirá responsabilidades que podem tanto fortalecer a gestão quanto gerar atritos internos.
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