Justiça converte prisão em flagrante em preventiva de motorista que provocou acidente matando uma motociclista e deixando outras quatro pessoas feridas em Cuiabá. Jorge Antônio Almeida de Brito, 60, foi preso em flagrante e autuado por homicídio culposo na direção de veículo, na manhã de quinta-feira (21), depois de conduzir o veículo Taos na contramão de direção e sobre as calçadas de vias na região da Morada da Serra, com destino a sua casa, no bairro CPA 1.
Mas antes de chegar em casa atingiu um veículo Gol e a motocicleta pilotada por Karla Karoline Pereira Carvalho Nunes, 31, que morreu no local do acidente.
Com sinais visíveis de embriaguez, Jorge se negou a fazer o teste do bafômetro e só não foi linchado no local do acidente em decorrência da chegada de policiais militares. Aos PMs ele confessou que havia ingerido bebida alcoólica desde a noite anterior e que se dirigia para casa. Contudo, assegurou que não se lembrava do momento do acidente, que ocorreu às 7h30 da manhã.
Colisão envolvendo os três veículos ocorreu na rua Professora Alice Freire Silva, no CPA 2. O veículo Gol, conduzido pelo motorista de aplicativo M.J.D.B., 30, foi o primeiro a ser atingido pelo Taos. Na sequência, a motocicleta que estava parada e aguardava para avançar na via preferencial. O motorista do Gol ficou preso às ferragens e foi retirado com apoio de equipe do Corpo de Bombeiros. A passageira B.O.P., 30, e as filhas de um e 5 anos também ficaram feridas e foram encaminhadas ao hospital municipal.
Imagens captadas por câmeras de segurança ao longo do percurso mostram o condutor do Taos em alta velocidade, fazendo manobras arriscadas na contramão e inclusive trafegando sobre as calçadas.
O delegado Christian Cabral, titular da Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran), assegura que mesmo que Jorge tenha sido autuado pelo homicídio culposo, as imagens mostram que o condutor assumiu o risco ao dirigir embriagado, por iss,o no inquérito policial deverá responder pelo homicídio doloso, o que o leva ao júri popular caso seja denunciado pelo crime.
A pena do crime culposo é de oito anos de reclusão e a do doloso pode chegar a 20 anos. O juiz Francisco Mendes, da 13ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve a prisão em audiência de Custódia.
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