De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o preço do milho disponível fechou a semana com média de R$ 55,61 por saca, um aumento de 2,25%. Na Bolsa B3, a cotação do grão subiu ainda mais, com alta de 1,76%, encerrando em R$ 74,24 por saca. Essa valorização reflete o movimento global do mercado, que combinou menor oferta e demanda aquecida.
Apesar da alta nos preços, os custos de produção da safra 2024/2025 continuam elevados em Mato Grosso. O custo de custeio foi estimado em R$ 3.225,48 por hectare, de acordo com o projeto CPA-MT. Para cobrir os custos operacionais totais, os produtores precisam negociar a saca a pelo menos R$ 45,91, considerando uma produtividade média de 111,74 sacas por hectare.
"Aqueles que alcançarem produtividades acima da média terão maior margem de lucro. Porém, é essencial que os produtores fiquem atentos às oportunidades de comercialização para maximizar os ganhos", destaca o IMEA.
No cenário internacional, Mato Grosso segue desempenhando um papel crucial. Em outubro de 2024, o estado exportou 4,14 milhões de toneladas de milho. Com a colheita dos Estados Unidos próxima de ser concluída, a atenção do mercado se volta para as safras na América do Sul. O desempenho do Brasil e da Argentina nos próximos meses poderá impactar significativamente as cotações globais.
A safra 2024/2025 promete números robustos, com uma área plantada estimada em 6,79 milhões de hectares e uma produção projetada de 45,54 milhões de toneladas. A produtividade média deve atingir 111,74 sacas por hectare, reforçando a liderança do estado na produção nacional de milho.
A combinação de preços em alta e demanda crescente pode trazer bons resultados para os produtores mato-grossenses, desde que consigam equilibrar custos e aproveitar os picos de valorização do mercado. Para muitos, o foco agora é garantir boas negociações enquanto os preços continuam favoráveis.
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