Em vistoria ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), nesta quinta-feira (12), o prefeito eleito Abilio Brunini destacou o "fim de gestão caótico" de Emanuel Pinheiro e já adiantou que vai fechar a Empresa Cuiabana de Saúde, responsável pelo atendimento à população. O novo chefe do Executivo destacou os R$ 218 milhões em dívidas da empresa e a total falta de condições para continuar responsável pela Saúde na Capital.
No momento, Abilio afirma que irá realocar dinheiro de outras áreas para a Saúde, que é prioridade, e buscar recursos do governo federal, estadual e emendas parlamentares para dar fôlego à pasta.
"Tivemos a informação que a empresa cuiabana tem R$ 218 milhões, se fosse empresa privada estaria em falência. Nossa intenção é fechar a Empresa Cuiabana, ela não tem condições de estar funcionando", argumentou.
Abilio disse que a administração dos hospitais e demais unidades de Saúde será remanejada para a Secretaria Municipal de Saúde e a Empresa Cuiabana ficará apenas com contratos em andamento, sendo desligada assim que possível.
Questionado sobre as queixas constantes de servidores sobre salários atrasados, Abilio disse que sabe o que a prefeitura repassa, mas que a realidade será conhecida assim que assumir a gestão. Para ele, uma nova intervenção na pasta é inviável devido à brevidade do fim do mandato de Emanuel Pinheiro.
"Temos o que eles dizem, mas precisemos assumir para apurar se estes números são reais. Uma gestão que tem 22 operações policiais, a maioria delas na saúde, há que se preocupar se estes números são reais ou se estão aproveitando do fechamento do mandato para fazer algo de errado", alegou.
A nova intervenção chegou a ser ventilada pelo Ministério Público (MPMT), mas o governador Mauro Mendes já se manifestou contra a medida, já que a administração será trocada em poucos dias.
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