Juiz nega liberdade a suposto golpista condenado a 14 anos por roubo e extorsão

Por Verdade na Hora em 09/02/2024 às 10:26:41

Chico Ferreira

Em decisão publicada no DiĂĄrio de Justiça de Mato Grosso desta quinta-feira (8) o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ÂȘ Vara Criminal de CuiabĂĄ, rejeitou o pedido de revogação de prisão feito por Wesley Vinicius de Moura, alvo da Operação GĂȘnesis, que mirou uma organização criminosa responsĂĄvel por golpes virtuais em 13 estados. O magistrado considerou o histórico de Wesley, que jĂĄ foi condenado em outra ação a 14 anos de prisão pelos crimes de roubo e extorsão.

A Operação GĂȘnesis deu origem a 4 denĂșncias, sendo que em uma delas Wesley e outros 14 suspeitos foram denunciados pelos crimes de organização criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro.

Wesley pediu a revogação de sua prisão alegando que é réu primĂĄrio, possui trabalho lĂ­cito e residĂȘncia fixa, e afirmou que não hĂĄ indĂ­cios de autoria, sendo que a Ășnica ligação entre ele e a organização criminosa estĂĄ em conversas de WhatsApp entre Ollyvander (apontado como lĂ­der) e "Dr. Elinho", que foi identificado como sendo Wesley.

Disse também que jĂĄ se passaram 9 meses desde a prisão e "não existe nenhum fato a demonstrar que a sociedade se encontra abalada pelo crime". Lembrou, ainda, que outros réus do processo tiveram as prisões revogadas e cobrou que o benefĂ­cio seja estendido a ele.

O magistrado, ao analisar o pedido, disse que os indĂ­cios de autoria foram pontuados em decisões anteriores, sendo que neste recurso Wesley não trouxe nenhum fato novo. Afirmou também que a situação de Wesley não é igual à dos outros réus, principalmente considerando o risco de reincidĂȘncia.

"O acusado Wesley teria a função de conseguir contas de terceiros com o fim de receber os valores auferidos com os golpes. Ademais, é importante registrar que o acusado Wesley foi, recentemente, condenado a pena de 14 anos de reclusão, pela prĂĄtica dos graves crimes de roubo e extorsão", citou.

O juiz manteve a prisão de Wesley Vinicius de Moura destacando que, no caso dele, a medida também serve para impedir a reiteração delitiva.


Fonte: GAZETA DIGITAL

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