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O Botão do Pânico já garantiu a proteção de 16 mil mulheres em Mato Grosso.

Por Verdade na Hora em 06/01/2025 às 12:33:23

Desde sua implementação, em junho de 2021, até o início de dezembro de 2024, o "SOS Mulher Botão do Pânico Virtual" tem sido responsável por proteger a vida de mais de 16 mil mulheres vítimas de violência doméstica em Mato Grosso. De acordo com dados do Tribunal de Justiça do Estado, em média, 12 mulheres por dia têm solicitado a utilização dessa importante ferramenta de proteção. No total, 16.048 pedidos de botão do pânico foram deferidos durante esse período, e 1.622 mulheres precisaram acionar o dispositivo por estarem com a vida ameaçada, o que corresponde a cerca de 10% das vítimas. Esses números referem-se apenas às quatro cidades onde o botão do pânico está em operação, a saber: Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Cáceres.

A delegada Judá Maali Pinheiro Marcondes, titular da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, explicou que o botão do pânico é uma ferramenta digital criada pela Polícia Civil em colaboração com a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso. "Este dispositivo foi projetado para proporcionar uma segurança adicional às mulheres em situação de risco. Toda mulher que solicita uma medida protetiva em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Cáceres tem direito ao uso do botão do pânico", destacou.

A delegada detalhou como funciona o processo de ativação do botão do pânico. "Quando a Justiça concede a medida protetiva com o dispositivo, a mulher cadastra uma senha no aplicativo instalado em seu celular. Se ela se encontrar em situação de risco ou perceber que as medidas protetivas estão sendo descumpridas, pode acionar imediatamente o botão. O alerta é integrado diretamente ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), que aciona uma viatura para atender à ocorrência de forma rápida. Se o agressor for localizado, ele pode ser preso em flagrante, mas, caso isso não aconteça, a mulher recebe todo o apoio necessário, sendo encaminhada para a delegacia para registrar o descumprimento da medida protetiva. Embora o botão do pânico esteja disponível apenas nessas quatro cidades, é importante ressaltar que mulheres em qualquer lugar do estado que tiverem a medida protetiva violada podem ligar para o número 190 para pedir ajuda", explicou a delegada.

Judá Maali também enfatizou a importância de agir rapidamente em qualquer sinal de violência. "Estamos observando que muitos feminicídios têm sua origem em crimes de violência psicológica, que muitas vezes são minimizados e confundidos com demonstrações de 'amor' ou 'cuidado'. No entanto, esses sinais devem ser tratados como o que realmente são: formas de abuso psicológico grave, que podem evoluir para situações ainda mais perigosas, como o feminicídio", alertou.

A delegada concluiu destacando que as mulheres devem estar atentas e não hesitar em procurar ajuda ao menor sinal de violência. "É fundamental que todas as mulheres denunciem, mesmo as pequenas agressões, antes que a situação se agrave. Não podemos normalizar comportamentos abusivos e, sim, reconhecer que toda forma de violência contra a mulher é um crime, e deve ser tratada como tal", afirmou.

Fonte: Gazeta digital

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