A falta de água no bairro São Mateus, na região do São Benedito, atingiu níveis alarmantes. O que antes era um racionamento intercalado – um dia com água, outro sem – se transformou em uma crise total: já são seis dias consecutivos sem uma gota nas torneiras. A população está revoltada e pede medidas urgentes das autoridades competentes.
O morador Márcio, que vive na região, fez um apelo emocionado:
"Aqui está tudo parado. Não tem água para as crianças irem para a escola, para lavar a roupa, nem para a gente trabalhar direito. O uniforme do trabalho está sujo, e quem pode, está comprando água dos caminhões pipas, que já estão vendendo por aqui. Mas e quem não tem dinheiro? Fica como? Estamos abandonados."
O vereador Feitoza, que tem sido porta-voz das comunidades afetadas, relatou que já recebeu mais de três mil denúncias relacionadas ao desabastecimento. Segundo ele, o Departamento de Água e Esgoto (DAE) foi acionado diversas vezes, mas até agora nenhuma solução foi apresentada.
"Não é possível que, com tantas denúncias e tanto sofrimento da população, o DAE continue de braços cruzados. Isso é uma falta de respeito com o povo do São Mateus. Vou continuar cobrando até que essa situação seja resolvida," afirmou o vereador.
A crise no abastecimento de água tem afetado diretamente a qualidade de vida da população. A falta de condições básicas de higiene já preocupa moradores, que temem o surgimento de problemas de saúde. Além disso, o aumento da oferta de caminhões-pipas vendendo água na região gerou suspeitas de exploração da situação, agravando ainda mais a insatisfação popular.
Até o momento, o presidente do DAE não se pronunciou sobre o caso, enquanto a pressão da comunidade e do vereador Feitoza só aumenta. A população pede urgência na resolução do problema e reforça que água é um direito essencial, e não um favor.