Em um movimento que pode indicar uma mudança na postura russa, fontes em Moscou revelam que o país está disposto a discutir uma trégua temporária na Ucrânia. A condição, porém, é que haja progressos concretos em direção a um acordo de paz duradouro.
A proposta surgiu durante negociações na Arábia Saudita, onde representantes russos e americanos se encontraram para discutir o conflito. A iniciativa parece ser uma resposta ao apelo do presidente americano Donald Trump por um cessar-fogo, que busca encerrar a guerra que já dura três anos.
Para que a trégua seja aceita, a Rússia exige um entendimento claro sobre os princípios que regerão o acordo de paz final. Um ponto crucial é a definição dos parâmetros para uma futura missão de manutenção da paz, incluindo a concordância sobre quais países participariam.
"Não precisamos de uma trégua precisamos de paz: duradoura, de longo prazo, com garantias para a Federação Russa e seus cidadãos." disse Putin durante uma coletiva de imprensa em dezembro.
Ainda assim, a Rússia rejeita a presença de tropas da OTAN em território ucraniano, o que inviabiliza uma proposta europeia de formar uma força multinacional para monitorar o acordo de paz. Por outro lado, Moscou não se opõe à participação de países como a China, que têm mantido uma postura neutra no conflito.
Desde que assumiu o cargo, Trump tem buscado reverter a política americana em relação à invasão russa, priorizando um fim rápido para o conflito. O presidente americano já manteve conversas telefônicas com Putin e ambos concordaram em realizar uma cúpula em breve.
Contudo, a postura de Trump tem gerado críticas, especialmente após a suspensão da ajuda militar à Ucrânia e a interrupção do compartilhamento de inteligência com o país. Aliados europeus temem que essas ações possam encorajar a agressão russa, iniciada em 2022.
O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, revelou que o objetivo do encontro é alcançar "um quadro para um acordo de paz e um cessar-fogo inicial".
Resta saber se as negociações em curso trarão resultados concretos e se a Rússia realmente está disposta a ceder em suas exigências para alcançar uma paz duradoura na região.
*Reportagem produzida com auxílio de IA