Júlio Campos expressa indignação com os projetos enviados pelo Governo no final do mandato: "Isso é um desrespeito".

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (União Brasil), foi forçado a suspender a sessão ordinária desta quarta-feira (18.12) por 10 minutos após uma forte crítica do deputado Júlio Campos (União) sobre a grande quantidade de projetos encaminhados pelo Governo para serem votados até às 18 horas daquele dia.

Como presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), Júlio Campos expressou sua indignação com a urgência e a forma como os projetos foram apresentados, afirmando que não compreendia como a Mesa Diretora e o plenário aceitariam votar todos os textos naquele dia. "Eu considero isso um desacato às Comissões Técnicas desta Casa", desabafou o parlamentar, visivelmente irritado com a situação.

Campos defendeu que, diante da complexidade e importância dos projetos, o Governo ou a Mesa Diretora deveriam convocar uma sessão extraordinária para que a discussão e votação desses temas fossem feitas de forma mais cuidadosa e com o devido tempo. "Não é possível que, às 15h20, um 'calhamaço de mensagens' tão importantes chegue aqui para que possamos discutir e votar até às 18h de hoje", afirmou, ressaltando a impossibilidade de tratar de questões tão relevantes de forma tão apressada.

O deputado ainda chamou de "desaforo" a tentativa de pressionar os parlamentares a tomarem decisões precipitadas e sugeriu que, caso fosse necessário, uma sessão extraordinária fosse convocada para janeiro de 2025, ou até mesmo para a semana natalina. "É muito difícil, deputado Botelho, vai me desculpar, mas precisamos distinguir a CCJ das demais comissões técnicas da Casa. É um desrespeito com o Poder Legislativo receber uma quantidade tão grande de projetos para discutirmos ainda hoje", concluiu Campos, enfatizando o descontentamento com a forma como o processo estava sendo conduzido.