O prefeito diplomado de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), que teve as contas de campanha reprovadas pela Justiça Eleitoral, é
um dos eleitos que mais gastaram com serviços de contabilidade no Brasil com R$ 780 mil pagos para a empresa de Renan
de Almeida Garcia. O valor chama atenção porque é 200% maior do que o prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que gastou R$ 295 mil.
São Paulo, que tem o maior limite de custo do país com campanha eleitoral, podendo empregar até R$ 53.978 milhões nos
dois turnos, enquanto Abilio gastou apenas R$ 12.149 milhões.
O gasto de Abilio com contabilidade ainda é maior do que a soma das despesas de Nunes e o segundo colocado em São
Paulo, Guilherme Boulos (Psol), que desembolsou R$ 467 mil para o serviço.
Abilio ainda superou os gastos de outros prefeitos eleitos e reeleitos das maiores cidades do país, como Eduardo Paes
(PSD), que se reelegeu no Rio de Janeiro, empregando R$ 125 mil com serviços contábeis. O seu gasto de campanha ficou
em R$ 21.298 milhões.
Já o prefeito reeleito de Belo Horizonte, Fuad Nomam (PSD), pagou R$ 144 mil de contabilidade para prestar contas dos
R$ 26.193 milhões que usou em sua campanha.
O prefeito eleito de Salvador, Bruno Reis, gastou quase 900% a menos do que Abilio com serviços de contabilidade: R$
80 mil apenas. O custo total de campanha ficou em R$ 21.197 milhões. Se comparado apenas entre os candidatos que
disputaram a Prefeitura de Cuiabá, Abilio gastou 74% a mais do que a soma de todos os demais candidatos.
Eduardo Botelho (União) foi o que teve o segundo maior gasto com o serviço de contabilidade, onde pagou R$ 250 mil. O empresário Domingos Kennedy (MDB) desembolsou R$ 168 mil, e deputado estadual Lúdio Cabral (PT) pagou R$ 30 mil.
Fonte: gazetadigital