O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Max Russi (PSB), se manifestou contra a proposta de aumentar o número de sessões semanais no parlamento estadual, argumentando que não seria uma medida prática nem eficaz. Ele destacou a necessidade de avaliar se a ampliação das atividades realmente resultaria em mais produtividade e em um trabalho mais eficiente para a Casa Legislativa. Para Russi, o foco principal não deveria ser o número de sessões, mas sim o fortalecimento das Comissões Temáticas, onde, segundo ele, ocorrem os debates mais substantivos e essenciais sobre os projetos.
"O que realmente fortalece o trabalho do parlamentar, o que dá voz à sociedade e permite que o cidadão participe ativamente, acontece nas comissões. No Plenário, o cidadão não tem espaço para se manifestar, conforme o regimento. Já nas comissões, ele pode ir até lá e contribuir, dando suas ideias e sugestões. Por isso, defendo que as comissões sejam bem estruturadas e funcionem de forma eficaz", afirmou o presidente da AL.
Russi ainda ressaltou que, atualmente, as sessões, que ocorrem apenas uma vez por semana, servem predominantemente para votações e para que os parlamentares possam fazer discursos. Ele apontou que, no momento, não há nenhum requerimento, indicação ou projeto de lei pendente de votação, o que torna questionável a necessidade de mais sessões. "Hoje não temos nada pendente para ser votado. Então, aumentar para oito ou dez sessões por semana, ou até mesmo fazer duas sessões por dia, qual seria o benefício real para a população de Mato Grosso? O que o cidadão ganha com isso?", questionou.
Ao defender um modelo de trabalho mais eficiente e focado nas comissões, Max Russi reitera a importância de que os processos legislativos sejam conduzidos com mais profundidade e participação, ao invés de simplesmente aumentar o volume de sessões sem um propósito claro. O presidente da AL segue destacando que a qualidade do trabalho legislativo é muito mais significativa do que o número de encontros realizados.
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