A relação entre o Executivo e o Legislativo no Brasil sempre foi um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento das políticas públicas, mas atualmente o Congresso Nacional tem se mostrado um campo de intensos conflitos e alianças. Em 2025, com o governo federal enfrentando desafios para implementar suas reformas mais ambiciosas, como a Tributária e a Administrativa, a atuação do Congresso torna-se cada vez mais decisiva.
O cenário político do Congresso está marcado por uma maior fragmentação partidária, com múltiplos partidos buscando espaço para negociar seus interesses e emendar projetos de lei que atendam a suas bases eleitorais. Essa fragmentação tem dificultado a aprovação de medidas que exigem uma maioria sólida, tornando o governo dependente de alianças com partidos do Centrão, que, por sua vez, buscam garantir cargos e benefícios para suas lideranças em troca de apoio.
Além disso, o protagonismo de algumas figuras no Congresso, como o presidente da Câmara dos Deputados e do Senado, também tem gerado tensões, pois ambos têm demonstrado disposição para desafiar algumas das agendas do governo, exigindo contrapartidas em outras áreas.
A dinâmica de negociação entre o governo e o Congresso é crucial para as reformas, mas também para o equilíbrio político. O governo precisa lidar com a pressão de garantir a aprovação de medidas enquanto tenta evitar um desgaste político que possa comprometer a governabilidade. O futuro das reformas e o sucesso do governo dependem, em grande medida, de como o Executivo conseguirá lidar com a complexa relação com o Legislativo nos próximos anos.