O Ibovespa acumula ganhos de cerca de 6% em 2025, porém, incertezas pairam sobre o mercado. A equipe de estratégia da XP Investimentos elaborou um guia para navegar pela volatilidade da Bolsa brasileira, considerando fatores como política fiscal doméstica e o cenário internacional, impactado pelas novas medidas do presidente Donald Trump.
São quatro cenários projetados pela XP:
(i) Cenário de medidas políticas favoráveis ao mercado: Neste caso, a XP recomenda empresas com forte exposição governamental ou regulatória, e aquelas que se beneficiam do fechamento da curva de juros. Exemplos incluem Petrobras (Petrobras), Banco do Brasil (Banco do Brasil), Eletrobras (Eletrobras), B3 (B3) e Localiza (Localiza).
"Nosso cenário base continua sendo de que há um valor significativo nas ações brasileiras, mas seguimos favorecendo uma exposição defensiva/de alta qualidade, devido ao atual cenário macroeconômico de juros elevados e volatilidade." concluiu a equipe de estratégia da XP.
(ii) Cenário de baixa volatilidade: Com baixa volatilidade, a XP sugere estratégias com opções, como uma estratégia zero-cost dollar, que protege perdas em posições principais.
(iii) Cenário de deterioração fiscal: Em um cenário de deterioração fiscal, a recomendação é por um posicionamento defensivo, com foco em exportadoras e setores sensíveis ao câmbio. A XP cita empresas como WEG (WEG), Petrobras, BRF (BRF) e Aura Minerals (Aura Minerals).
"A volatilidade implícita e realizada do Ibovespa está nas mínimas históricas e em queda. Em nossa visão, uma maior volatilidade está à frente, dado os cenários binários." apontam os analistas da XP.
(iv) Cenário de tarifas mais altas nos EUA: A XP analisa o impacto de possíveis tarifas americanas sobre o Brasil, considerando a política externa de Trump. A equipe destaca que o impacto no Brasil poderia ser significativo, dependendo do setor, com foco em exportadores como SLC Agrícola, BrasilAgro, Gerdau, e outros.
Os analistas da XP ressaltam que em 2024, o cenário macroeconômico ofuscou as perspectivas microeconômicas das empresas. Em 2025, o cenário macro continua sendo o principal motor dos movimentos das ações, apesar da recuperação observada até o momento.
*Reportagem produzida com auxílio de IA