Para congelar investimentos, Ranalli diz que ISTs aumentam no Carnaval

Sem apresentar dados oficiais, o vereador Rafael Ranalli (PL) alegou que o aumento de gravidez indesejada e Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) no Carnaval justifica seu projeto de lei que propõe o corte de investimentos públicos municipais no evento pelos próximos quatro anos. Empresários e representantes do setor de bares e turismo criticam a proposta, que pode afetar diretamente a economia de Cuiabá.

"Durante o Carnaval do ano passado, as denúncias de violência doméstica e contra crianças aumentaram, além do crescimento de doenças sexualmente transmissíveis", afirmou Ranalli, que defendeu a proposta como uma forma de economizar recursos públicos, alegando que a prefeitura está endividada.

Apesar de afirmar que "não é contra a festa", Ranalli sugeriu que o dinheiro destinado ao Carnaval fosse redirecionado para outras festividades tradicionais de Cuiabá, como o cururu e siriri.

No entanto, analistas apontam que o Legislativo poderia contribuir com a economia do município. De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LOA) de 2025, a Câmara de Vereadores receberá R$ 102 milhões, o que inclui salários, verbas indenizatórias e gratificação por desempenho para os parlamentares.

A presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Lorenna Bezerra, criticou a proposta, afirmando que o Carnaval é um impulsionador econômico essencial para a cidade, especialmente para pequenos comerciantes. Ela alertou que a decisão de proibir o evento prejudicaria o turismo e o comércio local.